Eu sempre tive pavor de voar de avião. Vôo internacional então é um desgraça. Só vou na base de algum remédio para dormir bem forte. Quem viaja comigo, obviamente detesta, pois caio dura em cima dela. Não sei o porque deste medo, mas é pânico mesmo. Qualquer viagem que eu faça, sempre acho que vou morrer.
No último dia da minha Lua-de-Mel sofri um pequeno acidente no Club Med e machuquei bastante meu braço. O que mais fiquei chocada foi com a falta de preparo do Club Med, um lugar onde se pratica esportes praticamente 24 horas por dia, em lidar com isso. Simplesmente, não recebi um atendimento decente. O máximo que o médico fez foi colocar meu braço em uma atadura para usar como tipóia, pois nem isso eles tinham lá. Mas com já tava indo para o aeroporto mesmo, nem liguei (apesar das fortes dores e dos braço cheio de hematomas), quando chegasse ao Rio procuraria um atendimento adequado. Ao embarcar no avião (TAM) perguntei educadamente ao comissário se ele não teria um analgésico. Ele, também muito educadamente, respondeu que não, pois os remédios estavam na maleta de primeiros socorros e apenas um médico era autorizado a abrir. Apesar, de toda a dor que sentia não resisti ao sarcasmo. Perguntei se alguém da tripulação era médico? Ele respondeu que não. Aí perguntei se tinha algum médico a bordo? Ele disse que não sabia responder. Aí não aguentei, fazendo um enorme esforço, para ficar séria (e não cair na risada) perguntei: "Pera, aí. Deixa eu ver se eu entendi a situação; se o avião cair e houver sobreviventes, além de ter que torcermos para existir um médico a bordo, temos que torcer para ele ter sobrevivido? Por que, caso contrário, quem abrirá a meleta?" Constrangido, ele se retirou. A passageira da fileira de trás ficou com pena de mim e me deu um tylenol e me ofereceu passar Gelol no meu braço. Só de maldade aceitei, ficou aquele cheiro insuportável no avião durante um bom tempo. Acho que ela também estava indignada com o comissário.
Bom, agora vamos ao real assunto deste post. Em meados do ano passado, o país teve uma triste notícia: um avião da GOL tinha se chocado com um jato Legacy no em pleno ar. Havia cento e oitenta e poucas pessoas a bordo, não houve sobreviventes. Milagrosamente os cinco ocupantes do jatinho sobreviveram. Esse acidente trouxe a tona um problema que todo mundo já sabia que existia; o excesso e a falta de condições de trabalho dos controladores de vôo. Desde aí, os aeroportos viraram de pernas para o ar. Viajar de avião no Brasil, tornou-se um inferno: atrasos, overbooking, etc...
Este acidente da GOL se tornaria o pior desastre aéreo do Brasil de todos os tempos. Confesso, que pensei (e esperava) que ele manteria esse triste posto durante muitos e muitos anos. Mas menos de um ano depois dessa tragédia, veio outra: um avião da TAM não conseguiu pousar em São Paulo e bateu contra um prédio (ironicamente da própria TAM), e se tornou o pior acidente aéreo do país.
Outro dia li uma matéria interessantíssima na Revista Época, falando de como cada uma das companhias lidou com a tragédia. A reportagem dizia que enquanto a GOL deu um exemplo de como agir em uma tragédia, a TAM (mais uma vez), se mostrava totalmente despreparada para lidar com tal situação.
A reportagem continuava relatando que enquanto o Presidente da GOL, menos de 24 horas depois do acidente, concedia uma entrevista coletiva. E ainda ter que ouvir perguntas cretinas, tais como: "Como o senhor está se sentindo neste momento?" Ninguém da TAM mostrou as caras. Enquanto a Gol divulgou a lista de passageiros em 5 horas. Os parentes das vítimas do acidente da TAM levaram quase 1 dia para saber, e ainda assim souberam através de uma rádio e não oficialmente pela companhia. Enquanto o presidente da GOL foi a uma missa em memória das vítimas e cumprimentou todos os familiares presentes. O Presidente da TAM se recusou a receber os parentes das vítimas a bordo. Só quase uma semana depois isso ocorreu. Enquanto, a cada dia que passa a GOL prova sua inocência (tudo indica que o avião dela era único correto da história), a TAM se complica a cada dia (mais uma vez. Lembram do acidente do Focker 100?). Resultado: eu não tenho o menor medo de voar de GOL. Já da TAM sempre tive pavor, só voei uma única vez, na minha Lua-de-Mel e assim mesmo por falta de opção. E acho que a minha confiança na GOL está muito relacionada com a maneira com que ela lidou com a situação.
Fico pensando; então a partir de agora quando entrarmos em um avião da TAM teremos que perguntar quantos reversos estão funcionando? Se a resposta for um, é bom perguntar quantos vôos aquele avião já fez nessa situação, pois especialistas afirmam que um avião com apenas um reverso funcionando, pode fazer no máximo 10 vôos (o da TAM já tinha feito mais de 20). Também teremos que perguntar se está tudo ok com os Spoiler do avião? Se a resposta for negativa, pense bem antes de entrar.
Termino este post transcrevendo aqui uma parte da fantástica manchete da Revista IstoÉ:
No último dia da minha Lua-de-Mel sofri um pequeno acidente no Club Med e machuquei bastante meu braço. O que mais fiquei chocada foi com a falta de preparo do Club Med, um lugar onde se pratica esportes praticamente 24 horas por dia, em lidar com isso. Simplesmente, não recebi um atendimento decente. O máximo que o médico fez foi colocar meu braço em uma atadura para usar como tipóia, pois nem isso eles tinham lá. Mas com já tava indo para o aeroporto mesmo, nem liguei (apesar das fortes dores e dos braço cheio de hematomas), quando chegasse ao Rio procuraria um atendimento adequado. Ao embarcar no avião (TAM) perguntei educadamente ao comissário se ele não teria um analgésico. Ele, também muito educadamente, respondeu que não, pois os remédios estavam na maleta de primeiros socorros e apenas um médico era autorizado a abrir. Apesar, de toda a dor que sentia não resisti ao sarcasmo. Perguntei se alguém da tripulação era médico? Ele respondeu que não. Aí perguntei se tinha algum médico a bordo? Ele disse que não sabia responder. Aí não aguentei, fazendo um enorme esforço, para ficar séria (e não cair na risada) perguntei: "Pera, aí. Deixa eu ver se eu entendi a situação; se o avião cair e houver sobreviventes, além de ter que torcermos para existir um médico a bordo, temos que torcer para ele ter sobrevivido? Por que, caso contrário, quem abrirá a meleta?" Constrangido, ele se retirou. A passageira da fileira de trás ficou com pena de mim e me deu um tylenol e me ofereceu passar Gelol no meu braço. Só de maldade aceitei, ficou aquele cheiro insuportável no avião durante um bom tempo. Acho que ela também estava indignada com o comissário.
Bom, agora vamos ao real assunto deste post. Em meados do ano passado, o país teve uma triste notícia: um avião da GOL tinha se chocado com um jato Legacy no em pleno ar. Havia cento e oitenta e poucas pessoas a bordo, não houve sobreviventes. Milagrosamente os cinco ocupantes do jatinho sobreviveram. Esse acidente trouxe a tona um problema que todo mundo já sabia que existia; o excesso e a falta de condições de trabalho dos controladores de vôo. Desde aí, os aeroportos viraram de pernas para o ar. Viajar de avião no Brasil, tornou-se um inferno: atrasos, overbooking, etc...
Este acidente da GOL se tornaria o pior desastre aéreo do Brasil de todos os tempos. Confesso, que pensei (e esperava) que ele manteria esse triste posto durante muitos e muitos anos. Mas menos de um ano depois dessa tragédia, veio outra: um avião da TAM não conseguiu pousar em São Paulo e bateu contra um prédio (ironicamente da própria TAM), e se tornou o pior acidente aéreo do país.
Outro dia li uma matéria interessantíssima na Revista Época, falando de como cada uma das companhias lidou com a tragédia. A reportagem dizia que enquanto a GOL deu um exemplo de como agir em uma tragédia, a TAM (mais uma vez), se mostrava totalmente despreparada para lidar com tal situação.
A reportagem continuava relatando que enquanto o Presidente da GOL, menos de 24 horas depois do acidente, concedia uma entrevista coletiva. E ainda ter que ouvir perguntas cretinas, tais como: "Como o senhor está se sentindo neste momento?" Ninguém da TAM mostrou as caras. Enquanto a Gol divulgou a lista de passageiros em 5 horas. Os parentes das vítimas do acidente da TAM levaram quase 1 dia para saber, e ainda assim souberam através de uma rádio e não oficialmente pela companhia. Enquanto o presidente da GOL foi a uma missa em memória das vítimas e cumprimentou todos os familiares presentes. O Presidente da TAM se recusou a receber os parentes das vítimas a bordo. Só quase uma semana depois isso ocorreu. Enquanto, a cada dia que passa a GOL prova sua inocência (tudo indica que o avião dela era único correto da história), a TAM se complica a cada dia (mais uma vez. Lembram do acidente do Focker 100?). Resultado: eu não tenho o menor medo de voar de GOL. Já da TAM sempre tive pavor, só voei uma única vez, na minha Lua-de-Mel e assim mesmo por falta de opção. E acho que a minha confiança na GOL está muito relacionada com a maneira com que ela lidou com a situação.
Fico pensando; então a partir de agora quando entrarmos em um avião da TAM teremos que perguntar quantos reversos estão funcionando? Se a resposta for um, é bom perguntar quantos vôos aquele avião já fez nessa situação, pois especialistas afirmam que um avião com apenas um reverso funcionando, pode fazer no máximo 10 vôos (o da TAM já tinha feito mais de 20). Também teremos que perguntar se está tudo ok com os Spoiler do avião? Se a resposta for negativa, pense bem antes de entrar.
Termino este post transcrevendo aqui uma parte da fantástica manchete da Revista IstoÉ:
- UM AIRBUS SEM UM REVERSO, SEM SPOILER E COM MANETE TRAVADO.
- UMA PISTA ESCORREGADIA, SEM RANHURAS E SEM ÁREA DE ESCAPE
- UM AVIÃO COM O PESO NO LIMITE E CARREGADO DE COMBUSTÍVEL
E A CULPA É DO PILOTO?
Deixo aqui também toda minha solidariedade as famílias das vítimas do trágico vôo 3054 da TAM.
7 comentários:
Dri, é tudo muitoo triste, né?
Mas, a vida segue, e o pior é pensar que outros ainda podem acontecer..
Beijos.
Oi Adri... a coisa é bem complicada mesmo, perdi minha madrinha de casamento na Tam... tem algumas passagens sobre ela la no blog. Eu acho que os pilotos não tem culpa de nada. bjos
Grazi,
Eu realmente sinto muito pela sua perda. É muito triste isso tudo, sempre penso nas famílias. Nem gosto de imaginar. Outro dia vi a foto se uma menininha de 2 anos que estava a bordo com a mãe. Ela era tão linda! Desandei a chorar. Acho muito triste.
Beijos
Acho que nunca vou esquecer aquela imagem do avião se incendiando. Que tristeza.
Não tem muito haver com esse assunto...mas li um tempo atrás um certo constrangimento com relação ao seu casamento e seu LINDO vestido. E não é que justo o SEU vestido foi sair na revista INESQUECÍVEL CASAMENTO?!?!Provando mais ainda que além de ÚNICO estava deslumbrante.
Oi Dri! O Brasil realmente está uma bagunça... e a tendência é piorar se ninguém tomar uma atitude... :/
Se vc tiver curiosidade, esse é o blog de um dos sobreviventes do Legacy... o jornalista Joe Sharkey... E ele vive criticando (com razão em alguns aspectos) nosso país: http://sharkeyonbrazil.blogspot.com
Bjs e bom fds!
Dri, não pode perguntar não se os reversos estão funcionando, isto já ocorreu e os passageiros foram retirados do avião.
Menina como assim vc sai na revista e nem nos fala!
bjo
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