quarta-feira, agosto 09, 2006

Zuzu Angel

Eu sei que de vez em quando eu fujo um pouco do assunto aqui do Blog. Mas acho bacana conversarmos sobre outros assuntos esporadicamente.

Sempre fui fascinada pela história de vida da estilista Zuzu Angel. E queria muito ver o filme logo.

Assisti no fim de semana. E gostei bastante. É claro que não é uma obra excepcional, não é o melhor filme do ano, mas é um filme bem feito, correto e eficiênte. Além do mais, acho que esse filme obrigatório para nunca esquecermos as barbaridades que aconteceram no Brasil, em um passado recente (assustadoramente recente). Eu sempre admirei a história dela.

O filme de Sérgio Rezende conta a história da estilista (de enorme sucesso, inclusive internacionalmente) Zuzu Angel. O filho de Zuzu, Stuart, durante a ditadura militar nos anos 70. Militante esquerdista envolvido com organizações armadas, Stuart foi preso, torturado e morto em um quartel da Aeronáutica. Contra tudo e todos, Zuzu arrisca sua própria segurança para descobrir a verdade sobre o destino de seu filho, num caso até hoje não inteiramente esclarecido.

Eu estava receosa que o filme não ficasse bom, e me surpreendi. Lógico logo no início do filme vemos o estilo Sérgio Rezende usando o roteiro explicativo, mas sabem que nem isso comprometeu? Eu também estava achando (e continuo achando) a Patrícia Pillar muito nova para o papel. Mas ela saiu-se muito bem no filme. Não é uma performance extraordinária, mas foi correta.

Depois de quase duas horas sentada naquelas cadeiras horrorosas do cinema Leblon, cheguei à conclusão que Sérgio Rezende se reencontrou com o bom cinema. Na minha opinião é um de seus melhores filmes.

Eu tive que editar o texto, porque esqueci de contar que eu tenho uma passagem curiosa a respeito. Eu sou filha caçula e temporão, então quando nasci as condições aqui em casa já eram bem melhores (tanto meu pai como minha mãe já tinham se firmado na Petrobrás). Então minha mãe decidiu que estaria chiquérrima no meu batizado, e entrou pela primeira vez na loja da Zuzu Angel. Para surpresa da minha mãe, ela própria a atendeu e a ajudou escolher o vestido. Minha mãe logo se encantou por um cheio de anjinhos bordados, hoje nós sabemos o que aqueles anjos queriam dizer, mas minha mãe totalmente inocente, não. O mais engraçado é que o meu padrinho era militar. E até hoje morremos de rir desse meu batizado, padrinho militar, mãe com roupa de protesto. Ainda bem que os militares eram meio brurros e não percebiam nada.

Mas voltando ao filme, alguém mais viu?

2 comentários:

Catarina Chagas disse...

Não vi ainda, Dri, mas estou louca para ver.

Adriana de Albuquerque Mello disse...

Van,
É claro que vc pode linkar o meu. Tb farei isso com o seu, tá?
Beijos